quinta-feira, 21 de julho de 2011

Versos à meu Pai Boticário

Homenagem a meu amado pai, Farmacêutico Magistral.

Quando nossa era essa terra,
antes de jóias e metais brilhantes,
Separamos as ervas
Nossos unguentos, esverdeados,
Eram preparados em gral de pedra,
E curavam nossas moléstias.

Anos passaram-se,
tudo virou porcelana,
Pálida, esquálida.
O gral de pedra, guardado,
não pode mais ser usado,
tornou-se errado(...)
e agora vestindo um jaleco,
não mais com os pés na terra,
Preparava unguentos e comprimidos
De belos frascos rodeado
com seus detalhes dourados
Na bela botica branca, de porcelana.

Hoje, não existe mais o gral de pedra
E tão paramentados, por vezes esquecemos a arte(...)
Distanciamo-nos das folhas,
dos verdes unguentos
E da cura ao relento

E a alma que fora curandeiro e boticário,
hoje carrega o duro fardo de ser farmacêutico,
e por vezes esquecer da arte de curar por amor.

E por amor lembro-me de quando fomos 
curandeiros, e boticários.
Busco elixires de vida longa, éteres de felicidade
Comprimidos de plenitude e gotas de serenidade,
segundo a arte dos farmacêuticos.


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