sexta-feira, 6 de maio de 2011

Neurofadiga

Eu, que no crânio carrego a massa
Enchumbada, enbairreirada-encefálica
Feixe luminoso, que nervoso, não pára
Víceras pensantes e ensanguentadas.

Feixe vil, nojento, entrelaçado
Cansa minha singelíssima existência
Cansa cada célula em sua essência
Em seu código gênico putrefato.

E porque, maldição! Questiono
Vender minha inteira vida
A essa madita insana corrida
De trocar pensamento pelo sono

Mas bibliotecas cabem em meu cérebro
Cidades, castelos, sacerdotes e meretrizes
Hoje sofro presa enovelada em minhas raizes
E nos meandros do meu estúpido ego.

Duque de Caxias, RJ 02/05/2011. 
O dia que um urubu pousou em minha sorte.

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