(Madrugada deprezada)
A ânisa que sobe dos intestinos
Veloz, fulgaz e esanguentada
Termina em minha boca escancarada
Externiza meus próprios instintos.
É hora da desgraça, dos vencidos
das víceras podres, rotos tecidos.
Olho-me a face e vejo esquartejada
e de joelhos, resta-me estar inclinada
É hora. A ânsia sobe minha garganta
queria ter todas as víceras enoveladas
e quero arranca-las, para longe de mim...
Entre anjos sombrios, a morte santa
prefiro estar só a ser desprezada
e morrer em sangue vermelho carmim!
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