Meu coração é um agregado infeliz
de miócitos estúpidos a acreditar
Que eu, singular neuronal meretriz
Mereceria um dia, nessa vida, amar!
E mesmo oferecendo meus dias
Preciosos pra ciência, a lhe dedicar
Joga-me fora, como quiquilharias
Estúpido! Como não pode me avaliar?
Não vê o quanto eu sou preciosa?
E quando vale todo meu saber?
Como pode, homem, me deixar partir?
Eu domino meus miócitos, gloriosa!
Eu prefiro para ciência prostituir-me e viver
E deixa-lhe, lhe ver sofrer, e, em ânsias, rir!
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