domingo, 4 de setembro de 2011
O velho e a jovem.
Sente a dor fatal, angina de Prinzmetal!
É a dor do completo desaproveitamento
Da alma jovem cedendo contentamento
À uma alma velha, ranzinza, intelectual.
A bela menina, com seus poucos anos
Aguenta tanto, tanta sede de aprender!
Fez pra ele tantos e mais uns encantos
E esperava, pois, ao seu lado envelhecer.
Mas ele nada esperava, ele nunca o fazia,
Sabia que a qualquer hora poderia morrer
A deixava, então, nesse tanto de esperar!
E aquela alma, que já um tanto vazia,
Decantou-a, calma e friamente a sofrer
E ela queria, apenas, aprender a amar!
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