Em meu corpo jovem carrego
A sina do cientista mais antigo.
Que leu à de luz vela pelo ego:
Garantiu a cegueira de castigo!
Carrego também o reumatismo
Da velha que na sua cama reside
E viver nesse eterno bizarrismo
Que quem acorda, e sobrevive.
Vivo jovem, numa alma velha
Numa mente de tantas décadas
Que não consigo nem contar!
E de tanto desespero s'esgoela
A alma presa, sábia e esquelética,
E que não consegue se acomodar!
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